quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Texto: conversa telefônica

Por Ana Maria  Baptista  Alves

- Olá, Ana. Bom Dia! Desculpe telefonar tão cedo, mas preciso comentar algo inusitado que acaba de me acontecer.
- Olá, Diogo, Bom Dia!!!! O que de tão inusitado o deixou com essa voz de quem acaba de ver um fantasma?
- Pois é, não vi um fantasma, mas o corpo do fantasma!
- Teve um pesadelo então?!
- Antes tivesse sido um pesadelo. Aliás, parece um pesadelo. A diferença é que o que vi, foi depois de acordar e não enquanto dormia.
- Você está me deixando assustada. Conte logo o que aconteceu.
- Encontrei um cadáver na soleira da porta aqui de casa.
- Como encontrou um cadáver na soleira da porta?
- Tocaram a campainha e quando abri a porta vi o corpo caído na soleira. Ao tocá-lo percebi que estava gelado, sem vida.
- Deus me livre começar assim o dia!
- Pois é, desconfio que o dia será longo. E eu que já estava correndo para ir trabalhar, desconfio que não poderei sair tão cedo.
- Avisou a polícia?
- Sim, telefonei para a polícia. Assim que chegarem vão querer maiores detalhes, e não tenho nada a dizer, pois além do toque da campainha não ouvi mais nada. Além do corpo sem vida na soleira da porta não vi mais nada nem ninguém.
- Diogo, me diga: Conhece a pessoa? É homem ou mulher? Jovem ou idoso? Há marcas de sangue?
- Ana, desculpe, a polícia acaba de chegar e preciso desligar.
- Passarei em sua casa no caminho para o trabalho, estou muito curiosa e preocupada.
- Até já então.
- Beijos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário