segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Reflexão e relato sobre nossa jornada no curso Leitura e Escrita em Contexto Digital


               Pois bem, assim como tudo que é bom acaba, também se encerra nosso curso de Leitura e Escrita em Contexto Digital, ficou o gostinho de saudades e aquela vontade de ficar mais.
            Para matar a saudades, produzimos com todo o carinho nosso relato, um pouquinho da nossa história, reflexões, aquilo que vivemos e dissemos nesse caminho trilhado. Quem ensina sabe aprender, reaprender, esquecer e tentar de novo, assim bem disse Rubem Alves nesse trechinho transcrito abaixo: 

Eu quero desaprender para aprender de novo.
Raspar as tintas com que me pintaram.
Desencaixotar emoções, recuperar sentidos.”

Rubem Alves

            Começamos o curso em há dois meses, a proposta era aprender a lidar com as plataformas digitais para ensinar a ler, mas ler de verdade como disse lá no fórum da primeira semana a Ana...

“Acredito que faz parte do nosso "papel" como educadores tentar mostrar para "o outro" as diversas formas de leitura, inclusive a leitura de mundo que deve ser feita a todo o momento, se de fato queremos interagir...
Todos somos responsáveis pelo ensino/aprendizagem e mais se aprende quanto mais se ensina...”

Ana Maria Baptista Alves

            Trouxemos na bagagem o que aprendemos em nosso cotidiano de trabalho, ideias para compartilhar, como fez a Bete, lá no comecinho de outubro:

“o professor deve oferecer aos alunos, textos literários que sejam interessantes, fazendo inferências, resgatando informações e o vocabulário em determinados contextos, instigando os alunos a fazerem antecipações, desta forma o aluno vai criando vínculos com a leitura; enquanto na biblioteca o aluno busca o tipo de literatura que mais gosta, que mais se identifica.”

Elisabete Pereira Pardinho

            Pensamos em nossos medos e limitações, mas mantivemos nossas esperanças para prosseguir e nos tornar melhores profissionais, como a querida Leila nos ensinou ao compartilhar um pouquinho de sua história:

“Eu, estudante de letras (apenas) não aprendi a alfabetizar e isso dificulta ou torna inviável o nosso trabalho me causando uma angústia e uma sensação de impotência... Gostaria muito de saber e poder mudar essa realidade, aí sim a leitura  fará diferença na vida de todos os alunos.”

Leila Aparecida Almeida Prado

            Ao aprender a lidar com esse mundo digital, fomos forçadas a desenvolver nossa autonomia, aprender em outro universo, que nos intimidou um pouco, mas nunca nos desmotivou.

“Autonomia tem tudo a ver com liberdade de escolha (...) Sem comprometimento não há envolvimento, e sem envolvimento nada se aprende, nada se ensina. A prática consciente e interessada é o melhor caminho para o aprender a aprender e apreender.”

Rosangela Alexandrine dos Santos

            Assim escolhemos enfrentar essas águas para nós tão difíceis da Era Digital, por fóruns nos conhecemos, conversamos, e formamos esse blog, precisamente no módulo dois, na segunda e terceira semana do nosso curso, hora das primeiras postagens, lembra? Aquelas em que nos apresentamos?



            No módulo três criamos diálogos, alguns com finais surpreendentes e divertidos, que com carinho postamos nesse blog para compartilhar com vocês. Para esses temos agora até uma trilha sonora proposta pela Rosangela que bem lembrou da música de  João Bosco, “De frente pro crime” e até que combina bem, com tantos desfechos inesperados!



            E por fim, o módulo quatro, nossa despedida, postaremos no blog o relato reflexivo de cada uma das autoras, sabe aquele momento do “grand finale” em que a gente avalia a jornada e o que essa nos trouxe de aprendizado? Pois é!

“A boa leitura, bons livros são ótimos recursos para a viagem ao interior de nós mesmos e para o conhecimento.”

Ana Maria Baptista Alves
           
            Assim, fizemos e refizemos leituras sobre nós, nesse curso nos reencontramos com o prazer de escrever, de compartilhar, de se divertir com que nós e os nossos colegas foram capazes de criar, agora chegamos ao fim de jornada e iniciamos outra, aquela em que vamos levar um pouquinho do que sentimos e aprendemos, para nossa sala de aula, repensar nossas práticas, tornar mais divertidas e aproveitar melhor as ferramentas digitais para nossa missão de educar!

The fantastic flying books of Morris Lessmore

      Livros carregam histórias, fantasia e sonhos, compartilharemos aqui então a belíssima criação de Morris Lessmore e seus livros voadores.


     
     E para não perder o encantamento, uma linda versão em animação de um conto de Saramago:

"E se as histórias para crianças passassem a ser leitura obrigatória para os adultos?Seriam capazes de aprender realmente o que há tanto tempo tem andado a ensinar?"

José Saramago.




domingo, 18 de novembro de 2012


Livros

"Os livros são objetos transcendentes 
Mas podemos amá-los do amor táctil 
Que votamos aos maços de cigarro 
Domá-los, cultivá-los em aquários, 
Em estantes, gaiolas, em fogueiras 
Ou lançá-los pra fora das janelas 
(Talvez isso nos livre de lançarmo-nos) 
Ou ­ o que é muito pior ­ por odiarmo-los 
Podemos simplesmente escrever um"

(Caetano Veloso)


Editais para criadores e produtores negros

Fonte: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=488247184541526&set=a.111125285587053.8564.106294079403507&type=1&theater. Acesso em 18 de nov. 2012.
      Olá amigos, nesse dia me surpreendi com esse fantástico edital, o objetivo é aumentar a participação de autores de etnia africana ou afrodescendente por meio de maior participação de jovens artistas. Vamos incentivar porque nossa diversidade cultural é que nos torna um país tão bonito e rico!

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Texto: conversa telefônica

Por Leila Aparecida Almeida Prado


- Alô, pois não?
- Leila, eu estou apavorada, me aconteceu uma coisa horrível.
- Como assim? Por que você está tão nervosa, Marina?
- Amiga, quando abri a porta para ir ao trabalho, me deparei com um homem estirado no corredor.
- Você o conhece? Ele está doente?
- Não amiga, antes fosse, ele está desmaiado,ou melhor,acho que esta MORTO.
- Calma, calma, tente ligar para o zelador, ou melhor, não mexa em nada e ligue para o SAMU.
- Eu não consigo, por favor, ligue por mim, eu estou desesperada e muito nervosa
- Está bem, volte para o seu apartamento e aguarde,vou procurar providencias e logo estarei aí. Se acalme. Até daqui a pouco.
- Obrigada, venha logo...

Texto: conversa telefônica

  Por Elizabete  Pereira Pardinho

- Beth, pelo amor de Deus, estou desesperada e só você poderá me ajudar.

- Calma, criatura. O que houve? Que desespero é este? O furacão Sandy passou por ai? São 6h00 da madrugada, espero que tenha uma razão muito, mas muito boa para me acordar a esta hora da madrugada em pleno domingão.
- Você precisa me ajudar!
- O que aconteceu? Estou começando a ficar preocupada, pare de chorar!
- Beth, havia um cadáver na minha porta.
- Como assim, um cadáver na minha porta? Agora sou eu que vou começar a me desesperar; você matou o traste do Raul, né, eu sabia que este relacionamento ia dar nisto, mas bem que você demorou pra dar cabo nele, se ele fosse meu namorado, já teria mandado ele para o inferno há tempos.
- Cala está boca e me ouça!
- Fala, fala que eu te escuto.
- Pára de brincadeira que o negócio é sério. Ao acordar, fui até o banheiro e escutei a campainha, corri até a porta pensando ser o Raul e quando a abri, vi um homem caído; olhei em torno e não vi nada, abaixei-me então e o toquei, seu corpo estava rígido e frio, parecia morto.
- Se estava rígido e frio, com certeza passou desta para melhor.
- Fecha esta matraca e me escuta, estou tremendo até agora, então corri para dentro para ligar para polícia.
- Meu Deus! A coisa é séria mesmo!?
- Se é, a polícia veio rapidamente, porém quando chegaram não havia nenhum cadáver no corredor e ainda por cima quase me prenderam por achar que eu havia passado trote, falaram para eu parar de tomar Lexotan.
- Como assim? Afinal tinha ou não tinha um cadáver?
- Espere um pouco que a campainha está tocando
- Beth, você ainda esta aí?
-Puxa vida! Você me deixou esperando quase uma hora! Estava tentando ouvir a conversa aí , mas só ouvia ruídos, o que aconteceu?
- Sabe aquela vizinha do 301, aquela fofoqueira que sabe da vida de todo mundo?
- Ah, sim.
- Era ela que estava aqui, veio perguntar o que a polícia fazia aqui e expliquei –lhe a situação , então ela me disse que o rapaz que estava caído é o seu irmão fazendeiro que mora no interior e que está passando uns dias aqui e que o rapaz tem àquela doença que a pessoa parece estar morta, acho que chama epilepsia; ele está no apartamento dela e já foi medicado,enfim está tudo bem , foi só um susto mesmo, e que susto!
- Clara, o rapaz é bonitão?
- Bonitão e saradão.
- Então, pergunta para dona Nieta se ela não está precisando de uma cunhada para cuidar do irmão?
- ???